quarta-feira, 4 de março de 2020

UM CONTRATO SOCIAL

Acho muito engraçado algumas pessoas que se dizem "ANCAPS", ou "anarcocapitalistas" (como se tal definição fosse lógica e possível!!) dizerem que "imposto é roubo".

Roubo é o que FAZEM com o imposto.

(mais tarde volto a isso)

O Estado, como conhecemos, seja ele mínimo, necessário ou máximo, nada mais é que um contrato social. Nós, como cidadãos, recolhemos taxas e confiamos elas ao Estado para que nos forneça o básico - ruas, infraestrutura, corredores de ônibus, linhas de trem e metrô, segurança pública, saúde, educação... (não vou entrar no mérito das privatizações agora - mais tarde volto a isso)

Acho mais engraçado ainda quando certos cidadãos reclamam que, em uma sociedade com saúde pública e ensino público (ok, não são perfeitos - mas este não é o foco deste post), "pagam a conta dos outros", "não existe almoço grátis" etc... porém não reclamam de pagar $1000 por mês de seguro-saúde ou $3000 por ano no seguro do carro, sendo que NESTES CASOS É EXATAMENTE A MESMA COISA, VOCÊ QUE É SAUDÁVEL PAGA A CONTA DO FUMANTE INVETERADO NA SAÚDE PRIVADA, VOCÊ QUE DIRIGE RESPONSAVELMENTE PAGA A CONTA DO IRRESPONSÁVEL QUE BEBE E DIRIGE/CAUSA ACIDENTES NO SEGURO DE AUTOMÓVEL!!!!!

Eu acho que o Estado não deve ser mínimo. Não deve também ser máximo. Ele deve ser NECESSÁRIO.

Não deve dizer o que eu devo portar ou não comigo, ou o que eu faço ou não na vida privada.

Porém deve atuar no fomento da economia, e na regulação dos abusos do poder econômico do mercado.

Afinal, que país que hoje é rico e industrializado não se desenvolveu com a mão forte do Estado?

Se você ainda acredita na "mão invisível do Mercado", saiba que ela está, neste exato momento, enfiando um dedo bem no meio do seu cu.

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